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terça-feira, 9 de outubro de 2012

A campanha voluntária



Hoje recebi um convite para uma reunião amanhã pela manhã de voluntários da coligação “Juiz de Fora não quer esperar”. Pensei sobre o que iria responder, e falar a respeito. Até comentei uma frase de minha avó, falecida há treze dias que falava: “se eu falar, eu desagrado. Se eu não falar, saio desagradada”. É exatamente isso que acontece. Mas como dizia Renato Russo: “eu poderia ser a pessoa mais amável do mundo, mas preferi ser eu mesmo”.

Pois bem, então vamos lá. Eu já falei aqui no blog que desaprovava a ideia da criação de um grupo no Facebook de voluntários, já havia um de amigos do candidato, outro de discussão geral, mas ligado ao candidato, não precisava mais de um  grupo. O ideal  seria um grupo de dez pessoas aproximadamente para fazer as atividades na Internet de campanha, e fora da internet a militância do partido em si. Aquele que quer colaborar deverá  ir a fan Page do candidato, ao grupo de amigos dele, ao site de campanha, ao comitê e pegar o material necessário. É um trabalho parecido com o carnaval baiano. Não precisa ensaio com os foliões para ensinar as músicas, as danças, animação.  A equipe do artista disponibiliza o material em rádios, em   sites, em lojas de Cd, etc. E quem quiser vá atrás seguindo o ritmo, nada obrigado, e assim a festa fica ainda mais bonita.

Uma estratégia falha tentar fazer de simpatizantes, de voluntários soldados. Fica algo forçado, e impede a criatividade. Um bom líder é aquele  que expões uma ideia  um norte, uma direção, e sua equipe entende e segue utilizando não de roteiros, manuais, mas de criatividade e conhecimento. O líder deve fornecer instrumento, e jamais adestrar, ordenar,  explicar.

Assim uma reunião com VOLUNTÁRIOS para explicar as diretrizes  a serem adotadas na Internet e redes sociais por eles,  é o mesmo que ditar as regras. 

O que é pior nessa história não é realizarem uma reunião de forma a “padronizar” uma conduta.  Mas a inexperiência no assunto e na área que foi e é perceptível durante a campanha. O PT já está com o “bloco na rua”, enquanto a equipe de Bruno ainda vai se reunir...

Irá se reunir para tratar de um tema que... se pode fazer pelos próprios instrumentos que vão falar, em um dia e horário péssimos.  E sem explorarem toda a potencialidade dos instrumentos.

Penso o que vão explicar, se eles não sabem? Divulgam vitória onde não há. Debate é para apresentar  propostas, e convencer o eleitor, ninguém ganha ou perde em debate, no máximo vai bem ou mal. Ficam restritos a fan Page e  grupo do candidato. Poucos ficam em grupos amigos de fulano se não são amigos, se não eleitores dele, apenas alguns que ficam muito mais para espiar do que qualquer outra situação.

Grandes grupos ficam com poucos militantes ativos  do candidato que podemos contar nos dedos de uma mão. E a equipe que vai explicar diretrizes não fazem absolutamente nada, nem mesmo via perfil equipe para incentivar. Não cruzam dados, não conseguem  analisar a rede, e acabam pontuando muitas coisas e se atrasando para algumas questões.

Enquanto eles ainda estão justificando  coisas levantadas, o adversário já está com outra pauta. Criam uma imagem utópica acerca do candidato que foge totalmente a realidade e características do mesmo, criando um distanciamento da  campanha para com o próprio candidato.

Isso resumindo em poucas palavras parece pouco, mas não é quando observamos todo o desconhecimento de rede social, ou o uso pautado em  teorias que a prática mudam muito, o verdadeiro amadorismo associado à falta de ética simbolizados em  entrevistas com a própria equipe ou os próprios  mesmo voluntários que vão ás reuniões e não simpatizantes e eleitores que declararam voto no candidato. Ou fazem pré julgamento sobre determinada pessoa  a amigos dela com temas referentes á campanha, Ou utilizam-se de seus próprios perfis pessoais para debocharem (ou divulgarem) outro candidato. A situação se torna complexa, para não falar grave.

É lamentável que a equipe possa ganhar méritos que não lhe cabem  diante de uma possível vitória do candidato, esta por sua vez se deve muito mais ao próprio e à falta de opção da cidade, e á apoios no segundo turno.

P.s 1: refiro-me exclusivamente à equipe de campanha, e não a que acompanha o candidato na assembléia, etc.

P.s 2: Não preciso ter ética, primeiro porque não sou jornalista, não sou publicitária, apenas uma analista de redes sociais, alguém que atua na área há 12 anos apenas.  Aqui escrevo minhas inquietações, baseado nos meus achismos e de conclusões de conversas que tenho. Logo não se trata de teorias científicas.

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