Hoje recebi um convite para uma
reunião amanhã pela manhã de voluntários da coligação “Juiz de Fora não quer
esperar”. Pensei sobre o que iria responder, e falar a respeito. Até comentei
uma frase de minha avó, falecida há treze dias que falava: “se eu falar, eu
desagrado. Se eu não falar, saio desagradada”. É exatamente isso que acontece. Mas
como dizia Renato Russo: “eu poderia ser a pessoa mais amável do mundo, mas preferi
ser eu mesmo”.
Pois bem, então vamos lá. Eu já
falei aqui no blog que desaprovava a ideia da criação de um grupo no Facebook
de voluntários, já havia um de amigos do candidato, outro de discussão geral, mas
ligado ao candidato, não precisava mais de um
grupo. O ideal seria um grupo de
dez pessoas aproximadamente para fazer as atividades na Internet de campanha, e
fora da internet a militância do partido em si. Aquele que quer colaborar
deverá ir a fan Page do candidato, ao
grupo de amigos dele, ao site de campanha, ao comitê e pegar o material necessário.
É um trabalho parecido com o carnaval baiano. Não precisa ensaio com os foliões
para ensinar as músicas, as danças, animação.
A equipe do artista disponibiliza o material em rádios, em sites, em lojas de Cd, etc. E quem quiser vá
atrás seguindo o ritmo, nada obrigado, e assim a festa fica ainda mais bonita.
Uma estratégia falha tentar fazer
de simpatizantes, de voluntários soldados. Fica algo forçado, e impede a
criatividade. Um bom líder é aquele que expões
uma ideia um norte, uma direção, e sua equipe entende e segue utilizando não
de roteiros, manuais, mas de criatividade e conhecimento. O líder deve fornecer
instrumento, e jamais adestrar, ordenar,
explicar.
Assim uma reunião com VOLUNTÁRIOS
para explicar as diretrizes a serem
adotadas na Internet e redes sociais por eles,
é o mesmo que ditar as regras.
O que é pior nessa história não é
realizarem uma reunião de forma a “padronizar” uma conduta. Mas a inexperiência no assunto e na área que
foi e é perceptível durante a campanha. O PT já está com o “bloco na rua”,
enquanto a equipe de Bruno ainda vai se reunir...
Irá se reunir para tratar de um
tema que... se pode fazer pelos próprios instrumentos que vão falar, em um dia
e horário péssimos. E sem explorarem
toda a potencialidade dos instrumentos.
Penso o que vão explicar, se eles
não sabem? Divulgam vitória onde não há. Debate é para apresentar propostas, e convencer o eleitor, ninguém
ganha ou perde em debate, no máximo vai bem ou mal. Ficam restritos a fan Page e grupo do candidato. Poucos ficam em grupos
amigos de fulano se não são amigos, se não eleitores dele, apenas alguns que
ficam muito mais para espiar do que qualquer outra situação.
Grandes grupos ficam com poucos
militantes ativos do candidato que
podemos contar nos dedos de uma mão. E a equipe que vai explicar diretrizes não
fazem absolutamente nada, nem mesmo via perfil equipe para incentivar. Não
cruzam dados, não conseguem analisar a
rede, e acabam pontuando muitas coisas e se atrasando para algumas questões.
Enquanto eles ainda estão
justificando coisas levantadas, o
adversário já está com outra pauta. Criam uma imagem utópica acerca do
candidato que foge totalmente a realidade e características do mesmo, criando
um distanciamento da campanha para com o
próprio candidato.
Isso resumindo em poucas palavras
parece pouco, mas não é quando observamos todo o desconhecimento de rede
social, ou o uso pautado em teorias que
a prática mudam muito, o verdadeiro amadorismo associado à falta de ética
simbolizados em entrevistas com a própria
equipe ou os próprios mesmo voluntários
que vão ás reuniões e não simpatizantes e eleitores que declararam voto no
candidato. Ou fazem pré julgamento sobre determinada pessoa a amigos dela com temas referentes á
campanha, Ou utilizam-se de seus próprios perfis pessoais para debocharem (ou
divulgarem) outro candidato. A situação se torna complexa, para não falar
grave.
É lamentável que a equipe possa ganhar
méritos que não lhe cabem diante de uma
possível vitória do candidato, esta por sua vez se deve muito mais ao próprio e
à falta de opção da cidade, e á apoios no segundo turno.
P.s 1: refiro-me exclusivamente
à equipe de campanha, e não a que acompanha o candidato na assembléia, etc.
P.s 2: Não preciso ter ética,
primeiro porque não sou jornalista, não sou publicitária, apenas uma analista
de redes sociais, alguém que atua na área há 12 anos apenas. Aqui escrevo minhas inquietações, baseado nos
meus achismos e de conclusões de conversas que tenho. Logo não se trata de
teorias científicas.
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